Crystal Palace vence Supertaça histórica e castiga Liverpool apático
Depois do triunfo inédito na Taça de Inglaterra, os londrinos conquistam a Community Shield pela primeira vez; campeão inglês ainda longe do nível que apresentou na última época; jogo teve de ir a penáltis
O Crystal Palace levanta a Supertaça inglesa pela primeira vez e está no melhor momento da sua história: depois de bater o Manchester City na final da Taça de Inglaterra, vence agora o Liverpool e ainda se prepara para a estreia nas competições europeias. O Liverpool que tem muitas arestas para limar, após um jogo onde não se pode queixar de falta de justiça no resultado.
( 3:2 Após penáltis )
Diogo Jota esteve bem presente em Wembley antes do apito inicial. Foi dos nomes mais comuns nas camisolas dos adeptos; bandeiras, panos e cachecóis com a cara do antigo jogador também estiveram presentes, naquele que foi o primeiro jogo oficial desde a trágica morte de Jota e do irmão André Silva. Ian Rush e Steve Parish, diretor-executivo do Palace, também colocaram coroas de flores em campo em memória dos irmãos, pelos quais também se realizou um minuto de silêncio.
O pormenor nas camisolas do Liverpool a recordar Diogo Jota (fotos)
Com a bola a rolar, o pontapé de saída da época 2025/26 em Inglaterra mostrou porque é que muitos adeptos já tinham saudades do futebol inglês: em 21 minutos, um ritmo frenético resultou em três golos com muitos milhões envolvidos.
Logos aos 4 minutos, 220 milhões de euros combinaram para o golo inaugural do Liverpool. Florian Wirtz, que custou €125 milhões ao campeão inglês, assistiu Hugo Ekitiké, que começou a justificar o investimento de €95 milhões feito nele com um remate sumptuoso para o fundo das redes.
O Crystal Palace teve uma excelente resposta. Não se foi abaixo, partiu para cima do Liverpool e ganhou um penálti, por falta de Van Dijk sobre Ismaila Sarr. Na conversão, Jean-Philippe Mateta foi a serenidade em pessoas e enganou Alisson (17’).
Sem perder tempo na reação, o Liverpool voltou logo para a frente, cortesia de outro reforço, Jeremie Frimpong. Este não custou tanto quanto Wirtz ou Eikitiké (apenas €40 milhões), mas marcou um golo ainda mais vistoso, com um cruzamento-remate que apanhou Dean Henderson desprevenido.
Ekitiké e Alisson não dão para todas
Arne Slot queria que o Liverpool fechasse o jogo depois do intervalo e Hugo Ekitiké teve duas oportunidades para o fazer: desperdiçou um cruzamento perfeito de Kerkez (46’) e, após passe de Wirtz, atirou ao lado em posição privilegiada (52’). E o Palace começou a sonhar.
Alisson vestiu a capa de super-herói para impedir o golo de Eze (63’), numa altura em que apatia se apoderava do campeão inglês. Aproveitou Ismaila Sarr para fugir à defesa adversária, graças a um passe de Adam Wharton, e atirar colocado para o empate (77’). E só não fez a reviravolta dois minutos depois graças a um corte voador (e espetacular) de Kerkez.
O jogo terminou mesmo com o Liverpool a suster as investidas do Crystal Palace, levando a decisão da Supertaça para os penáltis.
Quem falha mais?
A desinspiração assolou por completo os jogadores do Liverpool. Salah atirou para as nuvens, Mac Allister e Harvey Elliott permitiram as defesas de Dean Henderson. Mas os falhanços (quase inacreditáveis) de Eze e de Borna Sosa, que acertou na trave, ainda deram esperanças ao campeão inglês.
Cody Gakpo e Szoboszlai marcaram, mas não impediram a derrota por 2-3 nos penáltis, com Justin Devenny a marcar o pontapé decisivo, causando a explosão de al
egria nos eagles.
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