ONU alerta para crise de fome catastrófica no Iêmen e pede ação urgente
O Representante Permanente Adjunto da China nas Nações Unidas, Geng Shuang, discursa durante uma reunião do Conselho de Segurança na sede das Nações Unidas, quarta-feira, 15 de janeiro de 2025.
As Nações Unidas emitiram um alerta severo sobre o agravamento da crise humanitária no Iêmen, com quase metade das crianças menores de cinco anos sofrendo de desnutrição aguda. Durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na terça-feira, autoridades pediram intervenção internacional imediata para lidar com a grave insegurança alimentar, o deslocamento forçado e a necessidade de soluções políticas.
Ramesh Rajasingham, Diretor da Divisão de Coordenação do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), fez uma atualização sombria ao Conselho de Segurança.
Ele revelou que metade das crianças menores de cinco anos do Iêmen enfrentam desnutrição aguda, com quase metade também sofrendo de crescimento atrofiado devido à fome crônica.
Rajasingham alertou que mais de 17 milhões de iemenitas sofrem de insegurança alimentar, número que deve aumentar para 18 milhões no início do ano que vem.
Mulheres e crianças são afetadas desproporcionalmente, com muitas famílias lutando para garantir ao menos uma refeição por dia.
Para enfrentar a crise, a ONU anunciou US$ 20 milhões em financiamento imediato por meio do Fundo Humanitário do Iêmen para combater a insegurança alimentar.
No entanto, Rajasingham enfatizou que somente uma solução política pode garantir estabilidade e recuperação a longo prazo.
China pede mais ajuda e estabilidade regional
Geng Shuang, representante permanente adjunto da China na ONU, ecoou a urgência de uma ação internacional.
Ele descreveu o Iêmen como um país que enfrenta "uma das crises alimentares mais graves do mundo", com metade da população subnutrida e 4,8 milhões de pessoas deslocadas.
"Mulheres, crianças e grupos vulneráveis estão em condições especialmente terríveis", afirmou Geng.
Ele pediu à comunidade global que aumentasse a ajuda humanitária, apoiasse a recuperação econômica do Iêmen e lutasse pela paz na região do Mar Vermelho para evitar mais desestabilização.
Uma solução política continua a ser o único caminho a seguir
Tanto autoridades da ONU quanto diplomatas enfatizaram que, sem uma resolução política, a crise do Iêmen se aprofundará
O país continua preso em conflito, com uma situação de segurança frágil, agravando a fome e o deslocamento.
À medida que a ONU aumenta o financiamento de emergência, a comunidade internacional enfrenta uma pressão crescente para agir, não apenas para fornecer ajuda vital, mas para promover uma paz duradoura para a população sofrida do Iêmen
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