Presidente da Guiné-Bissau demite primeiro-ministro à medida que as eleições se aproximam
O presidente da Guiné-Bissau demitiu na quinta-feira o primeiro-ministro do país da África Ocidental e nomeou seu sucessor, a mais recente medida para posicionar o presidente Umaro Sissoco Embalo para um provável segundo mandato nas eleições previstas para novembro.
De acordo com um decreto presidencial, Rui Duarte de Barros, que ocupava o cargo de primeiro-ministro desde dezembro de 2023, foi substituído por Braima Câmara, ex-coordenador do partido de oposição Madem G15.
Houve muita controvérsia em torno do mandato de Embalo antes das eleições gerais de novembro. O pequeno país da África Ocidental sofreu vários golpes desde que conquistou a independência de Portugal, há mais de 50 anos.
A Constituição da Guiné-Bissau estabelece o mandato presidencial em cinco anos, com um máximo de dois mandatos. A oposição afirma que o mandato de Embalo deveria ter terminado em 27 de fevereiro, mas o Supremo Tribunal do país decidiu que ele deveria durar até 4 de setembro.
No entanto, no início deste ano, Embalo definiu a data da eleição para 30 de novembro e disse que seu primeiro mandato duraria até lá, aumentando ainda mais as tensões.
Nos últimos meses, a oposição se recusou a reconhecer Embalo como presidente. Uma missão enviada à Guiné-Bissau pela CEDEAO em março para ajudar a resolver a crise partiu abruptamente após o que alegou serem ameaças de expulsão de Embalo.
Fonte: Africanews
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